terça-feira, 30 de setembro de 2008

Jane Eyre

Deu ontem o último episódio da mini-série da BBC, Jane Eyre e lá estive eu outra vez colada ao ecrã (se bem que ontem houve momentos de um certo tédio, mas valeu a pena e aquela meia hora final foi linda) já não me lembrava como acabava - sabia que bem, mas tinha-me esquecido do incêndio...
Agora fazendo uma avaliação dos actores, não conhecia nenhum mas eram todos muito bons e convincentes, os meus parabéns e obrigada, lol...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

REDUZIR! REUTILIZAR! RECICLAR! REDUCE! RE-USE! RECYCLE!






É a regra dos 3 "érres" e devia ser cumprida ao máximo por todos nós... É também tema de uma música do Jack Johnson: "3 r's" - http://www.youtube.com/watch?v=NnLZDbaoqC4

Como aplicar a regra dos 3Rs:
Reduzir:
- Quando fazemos compras levar os nossos próprios sacos;
- Preferir embalagens grandes às pequenas;
- Preferir embalagens que sejam recicláveis ou de produtos reciclados.

Reutilizar:
- Reutilizar depósitos de plásticos ou vidro para outros fins;
- Reutilizar envelopes;
- Aproveitar folhas de papel já usadas;

Reciclar:
- Reciclar todos os materiais depositando-os no respectivo ecoponto.

foi daqui que retirei estas ideias e não se deve evitar a visita: http://purareciclagem.com.sapo.pt/pagina_regra_3rs.htm


consciência




A minha consciência manda-me que já que não faço a reciclagem, pelo menos estar actualizada e informada (e também preocupada) quanto às questões ambientais.
Assim, proponho a leitura desta lista de materiais recicláveis e não recicláveis:

PAPEL
- reciclável: jornais; folhas de papel; sacos de embrulho; revistas e livros sem brilho; papel de impressora; papel de fax; fotocópias; envelopes; cartazes velhos; caixas de cartão; cartolinas; pacotes de leite pasteurizado.
- não reciclável: papéis sujos; revistas e livros em que as páginas são brilhantes; cartazes publicitários; papel encerado; papel carbono; etiqueta adesiva; pacotes de leite UHT e de sumos; caixas de ovos; papéis metalizados; papéis plastificados; guardanapos e fotografias.

VIDRO
- reciclável: garrafas; todas as embalagens de vidro e copos.
- não reciclável: vidro das janelas; espelhos; lâmpadas; recipientes de produtos tóxicos ou de restos de produtos gordurosos; mistura de vidro de diferentes cores; cerâmica e porcelana.

PLÁSTICO
- reciclável: garrafas; todas as embalagens em plástico (de produtos de limpeza e de higiene, de margarina, de leite); sacos plásticos em geral; canos e tubos.
- não reciclável: cabo de panela; tomadas; embalagem de biscoito e misturas de papel, plástico e metal.

METAL
- reciclável: latas de refrigerantes; latas de conservas; trem de cozinha; arames; pregos e lata de alumínio.
- não reciclável: clips; ganchos; recipientes de produtos tóxicos ou de restos de produtos gordurosos; embalagens sob pressão; latas de tinta; esponjas de aço e canos.



abelha maia

Vou colocar aqui os meus resultados de alguns dos testes, alguns bastante loucos da rádio comercial.















ora cá está o menino Blunt outra vez...


terça-feira, 23 de setembro de 2008

Jane Eyre


Ontem vi na dois a primeira parte da mini-série Jane Eyre, produzida pela BBC em 2006 e simplesmente não consegui sair do lugar enquanto não acabou. Foi delicioso.
Para alguém (como eu), que gosta de século XIX (roupas e costumes) ontem foi um final de noite perfeito...
Por mais que eu não goste de ingleses no geral, tenho que dar o braço a torcer no que respeita a literatura e música, se não são os melhores andam lá perto.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Francisco Buarque de Hollanda





Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro, a 19 de junho de 1944, mas mudou-se com a família para São Paulo quando tinha apenas 2 anos.
Iniciou a sua carreira na década de 1960, destacando-se em 1966, quando venceu, com a canção A Banda, o Festival de Música Popular Brasileira. Em 1969, com a crescente repressão da Ditadura Militar no Brasil, auto exilou-se na Itália, tornando-se, ao retornar um dos artistas mais activos na crítica política e batalha pela democratização do Brasil.
É autor uma vasta quantidade de canções, peças de teatro, alguns romances e participações em documentários, filmes...

Como já disse, apenas me familiarizei mais com as suas canções (conhecia apenas meia dúzia de músicas, algumas até sem saber que eram dele...) há pouco tempo e acho que posso indicar algumas das minhas favoritas, sem nenhuma ordem de importância:
Beatriz, Olhos nos olhos, Valsinha, Gente Humilde, Você Vai Me Seguir, Trocando em miúdos, O meu amor e Futuros Amantes...


Um texto que eu gostava de ter a experiência "buarquiana" necessária para o conseguir escrever, mas visto que apenas há uns meses tive acesso a uma quantidade razoável de discos dele e mesmo assim faltariam ainda bastantes discos para poder escrever um texto como este de Maria Alzira Brum Lemos.

"AS CANÇÕES QUE VOCÊ FEZ PRA NÓS

Chico

Aqui é a tal da janela que você nunca cansou de encantar, embora hoje, falando sério, talvez nem queira mais cantar. Depois da ditadura, da semiótica, do excitante, de bocados de gim, das filosofias, da poesia concreta, do baseado, da política, do rock'n roll, depois de tanta música, prosa, verso, prozac e papo furado, depois da banda passada. Aqui é a tal da janela, ou, melhor, agora da ciberjanela. Pois é, Chico, essa moça tá diferente, a música popular brasileira tá diferente, o país tá diferente. Mas não estamos te passando pra trás, não. As canções que você fez estão aí, pedaços de nós, conterrâneos seus, a nos descobrir, Brasil que não se vê na TV, e a nos revelar, parintintins moderninhos, corações suburbanos, donas com tufões nos quadris, Rosas com rimas e sem projeto de vida. É por isto que tomo a liberdade de te incluir naquela linha de narradores que descrevem terras, gentes e lutas e, ao narrar, nos criam e recriam, nós, lazarilhos, os que nas rodoviárias assumimos formas mil, em enchentes amazônicas, explosões atlânticas, alegorias, carnavais, proparoxítonas e paradoxos. É por isto que eu te vejo ao lado de Gregório de Mattos, Euclides da Cunha, João do Rio, entre aqueles que, além dos significados, trouxeram para dentro de seus textos música, cores, formas e movimentos. Ficasse só nisto, Chico, como mais um narrador da nossa modernidade cambaia, já seria suficiente. Mas, como eu resolvi fazer um texto bem pra frente, dizendo realmente o que é que eu acho, preciso ser muito sincera e clara. Em suas canções sua voz de autor se amalgama ao povo, dono da voz, de um jeito manso, que é só seu, mas de um jeito nosso, que, agora, sabemos, é um jeito mundial de estreitar nós entre as línguas e os costumes: a música popular. Dando um chute no lirismo e um fora no violino, a música popular brasileira é, como diz Jean Laude, não uma forma, mas um modo de agenciamento das formas. A música popular é o que não tem governo nem nunca terá, na contramão do cartesianismo e do Adorno. É força ao mesmo tempo civilizatória e libertária em que, como tão bem fala o José Miguel Wisnik, "entram elementos de lirismo, de crítica e de humor: a tradição do carnaval, a festa, o non-sense, a malandragem, a embriaguez da dança e a súbita consagração do momento fugidio que brota das histórias do desejo que todas as canções não chegam para contar".. advinda do "uso ritual, mágico, o uso interessado da festa popular, o canto-do-trabalho, em suma, a música como instrumento ambiental articulado com outras práticas sociais, a religião, o trabalho e a festa". Ou, como você diz, "Cantar a canção da vida... preparando a terra, entornando o vinho... cantar a canção do gozo, preparando a tinta, enfeitando a praça, noite e dia, noite e dia..." Por umas e outras, acho que a música popular brasileira rompe as oposições, tão enraizadas quanto ideológicas, entre civilizado e bárbaro, corpo e alma, corpo e mente, público e privado, passado e presente, nós e eles. Será isto que seu colega Caetano chama de "força estranha" e que em suas canções está presente não só como metáfora inteligente mas, sobretudo, como ritmo e corpo, paródia e força subversiva. Sabia que seu sanatório geral tem muito a ver com os sertões do Euclides da Cunha? Aquela coisa arcaica, porém rebelde: alas de barões famintos, blocos de napoleões retintos e os pigmeus do bulevar a inverter, loucos, a ordem estabelecida. Mas, em vez da ascese revoltosa dos mestiços do Euclides, você, que não vem de celta e tapuia, mas de paulista, pernambucano, mineiro e baiano, nos dá sarapatel, caruru, tucupi, tacacá e feijoada completa O corpo, o gozo, a transgressão, o excesso, a mestiçagem e a mulher como evolução da liberdade. Em toda origem há uma mestiçagem, e, se a ciência não pode provar o contrário, suas canções, repercutindo modinhas e batuques, tropicalizando o fado e enobrecendo o bolero, nos delatam como Calabares nascidos da urgência de cafusas e holandesas e da ausência de pecado nas bandas de baixo do Equador. Que coisa mais Gilberto Freyre, né? Peço licença às feministas, por atravessar suas teses, e ao Rinaldo Fernandes, que escreveu um mestrado sobre o assunto, mas não posso deixar de falar das mulheres, ou, melhor, do feminino, que em suas canções cumpre, muitas vezes, o papel político de denunciar, desorganizar o projeto, desestabilizar o establishment.. Mulheres que não são uma outra voz do dono, como as Bovarys, Luísas e Capitus, mas donas da voz, dos sentimentos e da ação. Mulheres que não são tampouco o esteio da norma e, portanto, da propriedade e da repressão. Agora está parecendo manifesto anarquista... Mulheres que são cria da rua, fêmea, par, irmã, incesto, Rosas do povo, vadias. Mas que te reconhecem e jamais te esquecem. Voltamos sempre, Chico, na boca do povo, cantando, para a nossa casa, esta "zona temporária autônoma", como diz o Hakim Bey, que partilhamos, contemporâneos. Este lugar bagunçado, que é feito da mesma matéria dos sonhos e das canções. É por tudo isto, e por muitas coisas mais, que considero suas canções como um clássico, ou, nas palavras de Italo Calvino, uma obra que nos chega trazendo impressa a marca das leituras que a precederam a nossa e deixa, ela própria, uma marca na cultura. Talvez seja um pouco atrevida nisto, como no resto. Será por causa de algum anjo safado. Mas vou até o fim. E você, com suas canções, vai me seguir aonde quer que eu vá. Não devo ter dito aqui mais do que o que você já ouviu e muita gente sabe sobre sua arte. Para fazê-lo, apropriei-me de idéias e frases de Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Amálio Pinheiro, José Miguel Wisnick, Hermano Vianna, Silviano Santiago, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Italo Calvino, Hakim Bey, que entendem desses e de outros assuntos. E também das suas; me perdoe, por favor, se não lhes faço justiça. As fichas não caíram todas, mas você deve estar louco para ouvir Fluminense e River Plate. Obrigada, Chico, pelas canções que você fez pra nós.
Beijos, tudo de bom"

terça-feira, 9 de setembro de 2008

mais fotografia

Já que postei sobre fotografia, deixo aqui mais dois links de sites/blogues com fotos espectaculares:
http://eyespylondon.com/
http://boston.com/bigpicture/
http://www.ablogwithblackandwhitepics.com/

fotografia - Paulo Almeida



Estava eu a navegar no olhares quando entro aqui, http://olhares.aeiou.pt/utilizadores/detalhes.php?id=25774, onde se podem encontrar trabalhos de fotografia, incluindo alguns nús artísticos, com suponho eu, alguns modelos amadores.
E pelos nomes penso que a maioria dos modelos é português, o que se torna ainda mais interessante.
A qualidade do trabalho e o profissionalismo que transparece de cada uma das fotos é digno de uma visita.
Gosto bastante do cuidado com que estas fotos são feitas, dos tons, das luzes sóbrias e da definição das imagens.

* a foto que coloquei aqui, nada tem a ver com a galeria de Paulo Almeida, fui "roubá-la" aqui: http://www.coolchaser.com/user/profile/1782137


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Andrea Doria

Andrea Doria foi um capitão genovês que viveu no século 16 e foi em seu nome que um dos maiores navios construídos no pós-guerra foi baptizado. De todos os navios italianos da época era o maior, o mais rápido e mais seguro.
No entanto, no dia 25 de Julho de 1956, foi protagonista de um dos desastres maritimos mais célebres. Colidiu com um outro navio ao aproximar-se da costa de Nantucket, perto de Nova Iorque.
1660 passageiros e tripulação foram resgatados e sobreviveram, 46 pessoas faleceram com a colisão. O entretanto evacuado navio de luxo, acabou por se afundar na manhã seguinte.



Andrea Doria é também o nome de uma das músicas da Legião Urbana que mais gosto:

Andrea Doria

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...

Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...

Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...


Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...



Aqui num registo ao vivo: http://www.youtube.com/watch?v=oHwwsQTSX74